Tenho a mente tão branca
E o meu corpo sente-se sujo
A minha porta já não tranca
E mesmo assim prende um recluso.
Com um acesso ao mundo restrito
Através de uma grade férrea
Um defunto jaz circunscrito
E ainda acima da via térrea.
Foi-lhe dito um destino traçado
Tão banalmente descrito
Com um olhar cruzado
Tentou ler o efémero manuscrito.
Uma criatura cruelmente amaldiçoada
Apenas uma criança imatura
Com a garganta amordaçada
e queimaduras pela cintura.
Tenho a minha existência tão imunda
E o meu físico um degredo
A princesa perfeita não o ajuda
Quer mantê-lo em segredo.
4 comentários:
muito misterioso =O
Acho que é dos melhores que já escreveste, pessoalmente gosto mais da primeira e da última estrofes (: (:
Perfeito!
Quase perfeito...
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