segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dado do... destino?

Lembrei-me que lançaste o nosso dado
Dono do acaso que define o destino
Calhou face par, nada de inesperado
Jogámos sempre com um dado viciado
É a tua febre de ser bem sucedido.


Saindo dois, temos direito a um amor
Saindo quatro, recebemos um abraço
Saindo seis, temos um dia de calor
O dado viciado foi lançado no espaço.

A face um é de impossível solução
Assusta a maioria da multidão
Tiremos os pensamentos do caixão
Os ímpares não são o que queremos.

A face três é de ambígua definição
É como que uma espécie de traição
Um punhal nas costas, na perfeição
É de dúbia descrição, não sabemos.

A face cinco é muito manipuladora
É boa, sabe bem, mas constrangedora
Ora é pesadelo, ora é sonhadora
Mas nunca é uma face vencedora.