terça-feira, 4 de janeiro de 2011

sonho do beco

Fora colocada num colégio interno
No qual as professoras eram simples freiras
Foi por vontade de um ente paterno
Um labirinto, envolvendo barreiras.

As salas de aula repletas de cadeiras prisionais
Equipadas para prender as suas presas
O nudismo transformou-nos em animais
Os corpos torturados com tochas acesas.

Na ida de regresso às jaulas sensuais
A castidade corrompida pelo abuso
os dormitórios onde não se dorme mais
um mero mal-entendido confuso.

Lembro-me ainda dos cheiros mortais
O ar quente de aroma a sémen seco
A carne queimada, vomitado, tão habituais
Foi este o meu sonho do beco.