sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

uma voz mais agradável que o silêncio

Da noite, surge o vulto
Sozinho entre uma multidão
Um mero conhecido adulto
Da inexperiente solidão.

Caiu bruscamente no mundo
E enquanto perdeu os sentidos
Ali jaz o defunto
E os companheiros abatidos.

O corpo imóvel no chão
As lágrimas dinâmicas na pele
A suave donzela disse "não...
Sintam o ar morno que ele expele..."

O ar tornou-se denso
O momento era espontâneo
Mais agradável que o silêncio
Apenas duas vozes em simultâneo.