segunda-feira, 2 de abril de 2012

o morto já não sabe amar

Quebra-se o olhar mais sabido
Por mera coincidência do destino
Culpa deste ciúme corrompido
Oh! Príncipe tão cristalino

Ah! O ser resgatado
De sentimento variado
Rasgou o lábio já gretado
E teve que o provar

Ai! Pelo cálice sagrado
Escorreu o líquido envenenado
Jaz o defunto embriagado
Hoje dorme no mar

O vento desenfreado
De costume lambuzado
Levitou o corpo no ar

Brincou no céu nublado
Feito menino engraçado
De costume enganado
O morto não sabe amar.