terça-feira, 9 de abril de 2013

Ainda sei tão bem o cheiro do teu quarto

Ainda sei tão bem o cheiro do teu quarto
Bem como a assinatura do nosso contrato!
Oh! Esquecer a cama fora do estrado?
Quando adormecias a meu lado...

Criámos um mundo!
Ai, se criámos...
O teu corpo no meu,
moribundo...



Meu Deus, era o pináculo!

Do tempo... Sim! Do tempo só nosso
Não morria nem andava
Tinhamo-lo em nossa posse!



Perdoa-me a indiscrição da saudade permanente
Ai, mas que insistente!
Tê-la-ei guardado em minha mente?
Não tenciono que seja para sempre!



Mudemos e recomecemos
Algo que em tempos abandonámos!



E que saudades terei eu, que não tenhas também?
Não acredito!
Eu só quero a oportunidade, oh, que quero mesmo!
Perdoa-me a indisciplina descomunal, está-me a dar para estes lados...
Que hei-de eu fazer se não dar ouvidos a estes meus quereres mais profundos?


O medo não será só teu...
Tentemos!
Quiçá não haverá melhores dias?